segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quando o Amor padece diante o Eu

Não é acreditando naquela bobagem de que o amor rege o mundo que estamos todos imersos em dias tão vazios. De fato, se fosse verdade que tal nobre sentimento gorvenasse os princípios físicos universais, estaríamos em um "nível evolutivo" mais alto, em uma harmonia clímax, no nirvana ou até no paraíso, dependendo da crença de cada um. Em resumo, se o amor fosse o "comandante-mor" estaríamos provavelmente em uma espécie de "existência perfeita", existência tal que nós conhecemos ser apenas alcançada depois da morte.

Do amor vem-se os frutos que valem a pena serem comentados, o sexo por exemplo, é o que gostaríamos de ressaltar.

Não existem muitos temas tão paradoxais quanto o sexo. Além de ser quase que um tabu para boa parte das religiões, é um termo pejorativo e vulgar para boa parte das pessoas, sendo usado até como sinônimo de desgraça("foda-se") e é mãe da grande maioria dos conhecidos palavrões("caralho", "cacete", "porra").

O sexo pode ser resumido como o ponto de contato máximo entre duas pessoas, é para os cristão, por exemplo, quando dois corpos, duas carnes distintas, juntam-se em um só ser. Claro que fora esse misticismo bobo, é o mais simples e utilizado meio de propagação da espécie, é uma das atividades mais prazerosas conhecidas, e é apenas mais uma grande amostra do egoísmo humano.

Aceitando o amor como a causa para a relação sexual, temos dois(até mais, dependendo deles) seres que fazem uso de seus corpos para derramar uns aos outros uma torrente de suor, secreções e saliva. Dizem que se amam e fazem ali, o ato do amor, por assim dizer. Juntam-se as mãos e apertam fundo no peito um gemido intercalado em um suspiro e acabou. Onde está o egoísmo nisso? No fato de dois ou três segundos depois, cada um virar-se para respirar fundo e aproveitar o orgasmo individualmente.

Transar, desculpe o termo, é conseguir por intermédio de outro esta sensação indescritível que é o orgasmo. Em um momento de "união de corpos", no "amor entre dois" que a carne se satisfaz individualmente, que o amor fenece sobre o egoísmo que se ergue, isso por que não transamos para agradar outro senão nós mesmos, não "fazemos amor" ou "juntamos nossas almas para queimarem juntas uma paixão", estamos apenas satisfazendo nossos egos e gozando, gozando através de outrem o ápice de uma existência montado no desejo carnal.

É aí, que o amor padece diante do eu e não há ninguém que o negue.

Viva o Sexo!

Viva o Egoísmo!

3 comentários:

Anônimo disse...

Capitalismo = individualismo

Anônimo disse...

Seu homo. Tu escreve muito bem EHAUEUAE. Casa comigo <3 HUAHUAHE

Unknown disse...

Quase chorei num parágrafo aí! HUEAHUIE